6.5.07

A astrologia

Não sei se alguém já fez isto, mas, para mim, é uma experiência nova. Vai ser uma textonovela. A ideia é que vão dando respostas a uma questão (que contam como trabalhos para a disciplina), comentando ou, pelo menos, inspirados num texto que irá sendo apresentado a pouco e pouco, um trecho cada dia. Devem começar a responder logo depois do primeiro trecho e podem voltar a responder quantas vezes quiserem. O texto é de Karl Popper (não digo a obra para não irem ver as cenas dos próximos capítulos) e a questão é:

"Será que a astrologia é uma ciência?"

Trecho 1

"Como exemplo clássico de uma pseudociência, podemos considerar a astrologia. Pode-se fazer recuar a história desta, juntamente com a da astronomia, à crença religiosa de que os planetas são deuses (como até Platão afirmou). Esta crença politeísta foi abandonada quer na astrologia, quer na astronomia, de maneira que ambas as ciências acabaram por concordar na ideia de que os planetas eram simplesmente designados a partir dos nomes dos deuses. Mas a astrologia, enquanto abandonava o politeísmo, continuou não só a associar um significado mágico aos velhos nomes divinos, como também a atribuir aos planetas poderes tipicamente divinos, que ela tratava como sendo «influências» calculáveis. Não é de espantar que tenha sido rejeitada pelos aristotélicos e por outros racionalistas. Mas rejeitaram-na, porém, em parte, por razões erradas, e levaram essa rejeição demasiado longe."

Nota - O termo "racionalista" não tem aqui o mesmo significado que teve nas aulas do 2º período. Surge aqui apenas em oposição ao cultivo da imaginação em detrimento da razão.

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